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Tempo em tempos de quarentena

Há muito não escrevo. Já passei dos trinta há algum tempo, e agora de quarentena nos quarenta, em tempos de ter tempo num mundo sem tempo, tenho pensado muito em quantas coisas deveria ter feito, mas por receio, moral ou consciência, não o fiz. E agora, aqui, sozinha, dentro de um apartamento, onde o trajeto mais longo que percorro é da sala para meu quarto, tenho de sobra o que sempre me faltou, o tempo. Já esfreguei até o teto de casa, já lavei a roupa com água sanitária e já devo ter engordado uns dois quilos, o que significa, que se continuar assim, estarei evoluindo tanto quanto a peste que nos assombra, considerando que isso aconteceu em apenas um dia de isolamento. Bom, mas o fato é que de tanto tempo, comecei a lembrar dos amores deixados para trás e das decisões tomadas em base de um mundo incontrolável, que jamais suporíamos parar, onde o significado de alguém que ia embora era a certeza de que teríamos outra em seu lugar. Antes, tínhamos o mundo nas mãos, sem tempo, mas po

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